Minha aproximação com o Direito começou em 2011, pelo estudo das leis com o objetivo de aprovação em concursos públicos. Ao entrar em contato com o ambiente jurídico, percebi a importância crucial do Sistema Jurídico e legislativo para a sociedade, bem como a carência de bons profissionais na área. Decidi, então, abandonar o curso de Engenharia da Computação na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e aceitar o desafio de ingressar no curso de Direito na mesma universidade. Fui bem-sucedido nesse desafio, obtendo aprovação, em 2013, para cursar Direito na UFRGS, uma instituição renomada por formar muitas personalidades relevantes na história do nosso país.
Minha trajetória profissional no Direito começou em 2014, no escritório Cecília Costa Advogados, em Porto Alegre/RS, onde tive a oportunidade de aprender sobre a prática da advocacia na esfera privada. Pude observar como uma gestão competente gera bons resultados tanto para o advogado quanto para os clientes. Essa experiência terminou no fim do mesmo ano, quando fui nomeado Servidor Público Federal no Ministério da Agricultura, onde tive meu primeiro contato com o serviço público. Foi uma grande conquista ser aprovado em 9º posição em um concurso com mais de 5000 inscritos. Durante meu tempo no Ministério da Agricultura, atuei, dentre outras atividades, como fiscal de contratos, integrei a comissão de processos administrativos disciplinares, participei de um curso de formação ministrado pela Advocacia Geral da União, e auxiliei na elaboração do relatório de gestão anual do LANAGRO-RS (Laboratório Nacional Agropecuário do Rio Grande do Sul).
Após um ano no Ministério da Agricultura, em 2015 fui nomeado para o cargo de Técnico Judiciário no TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul). Embora ainda faltassem três anos para me formar, decidi, após aconselhamento, deixar o cargo federal para assumir o novo posto no TJRS, mesmo com um salário menor. A meta era, após me formar, buscar uma vaga como assessor de desembargador.
Confesso que foram anos desafiadores, trabalhando o dia inteiro no TJRS e cursando a faculdade à noite. A reputação da UFRGS é merecida, e seu curso de Direito está sempre entre os melhores do país. A exigência nas provas e trabalhos é alta, e tive a sorte de estar cercado por colegas brilhantes.
A Faculdade de Direito da UFRGS conta com um corpo docente de extrema relevância, composto por membros do Ministério Público, do Poder Judiciário e advogados renomados. A diversidade e a experiência dos professores enriquecem significativamente a formação dos alunos. Em meu trabalho de conclusão de curso, tive a honra de ser orientado pelo professor Rafael da Cás Maffini. O tema abordado foi o “Regime Jurídico dos Empregados de Fundações Públicas no estado Rio Grande do Sul“, em matéria de Direito Administrativo.
Para minha alegria, Deus preparou o terreno à minha frente e, um mês após me formar, no início de 2018, fui contratado como Assessor do Desembargador Glênio Hekman, ainda como Servidor do TJRS. Nesse cargo, tive a oportunidade de integrar uma equipe com elevado nível de conhecimento jurídico. Trabalhar com o Desembargador Glênio me permitiu consolidar minha prática no Direito e reforçou minha convicção sobre a importância da justiça e de um serviço público de qualidade.
A rotina no gabinete era intensa, com um fluxo crescente de processos e sessões de julgamento volumosas. O volume de trabalho frequentemente exigia que ficasse até tarde no Tribunal e, em algumas ocasiões, até virasse madrugadas para concluir os projetos de acórdãos em tempo para as sessões de julgamento (bem diferente do imaginário popular em relação ao serviço público).
Uma lição importante que levo comigo, aprendida com o Desembargador Glênio, é o compromisso com a análise detalhada de cada processo. Apesar de valorizar o direito constitucional à celeridade processual, ele sempre nos instruía a dar a devida atenção a cada caso, garantindo um atendimento individualizado ao jurisdicionado, e não apenas focando em atingir metas numéricas. Esse compromisso com a qualidade do serviço é uma característica essencial que, infelizmente, muitas vezes é negligenciada no ambiente jurídico e que busco trazer em minha relação com meus clientes.
Durante os cerca de 5 anos em que atuei como Assessor de Desembargador no TJRS, tive a oportunidade de vivenciar na prática o andamento processual, não apenas como um servidor administrativo do Poder Judiciário, mas também contribuindo na elaboração de projetos de acórdão, decisões interlocutórias e despachos. Minha principal responsabilidade era o acompanhamento dos processos em matéria de Direito Bancário, o que me proporcionou desenvolver um profundo conhecimento nesta área.
Além disso, tive a grande oportunidade de integrar uma equipe de juristas muito experientes em suas áreas de atuação. O gabinete do Desembargador Glênio é composto por profissionais altamente qualificados e com um conhecimento muito aprofundado, tanto em direito processual quanto material, que abrange a ampla gama de assuntos que compõem a competência da câmara. Foi certamente um divisor de águas em minha vida poder aprender tanto, não apenas com os colegas, mas também com o Desembargador Glênio, que sempre se mostrou solícito ao instruir sobre os detalhes de cada processo, direcionando e fundamentando claramente seu posicionamento. Durante os anos de convivência profissional, sua dedicação e respeito não apenas com o jurisdicionado, mas também com advogados e demais servidores do judiciário, me inspiraram ainda mais a buscar a excelência, tanto em minha atuação no gabinete quanto em minha carreira como advogado a partir de então.
Ademais, sendo oriundo do quinto constitucional, o Desembargador Glênio sempre ressaltou a importância do advogado na construção do processo judicial, valorizando a profissão. As lições aprendidas no gabinete, com o Desembargador Glênio e com os colegas Dante, Luis e Fátima, serão levadas comigo, e sem dúvida a oportunidade de estar ao seu lado me proporcionou um crescimento profissional e pessoal que dificilmente obteria em qualquer outra circunstância. Meu sentimento é de profunda gratidão pela oportunidade, que não apenas me qualificou profissionalmente, mas também me trouxe inspiração para construir um novo caminho.
Com pesar, em 2023 decidi encerrar este ciclo no serviço público para enfrentar um novo desafio no Canadá. Mudar-me com minha família para este país me permitiu aperfeiçoar meu inglês, além de ter contato com o sistema jurídico norte-americano e vivenciar o Direito Internacional, aplicando as lições aprendidas na escola de Direito Internacional do Prof. Adler Martins.
Em 2024 concluí o programa de pós-graduação Paralegal Graduate Certificate no Durham College, um passo importante no caminho para obter a licença de Advogado em território norte-americano. Fui contratado pelo escritório de advogados Aitken Robertson, onde tenho a oportunidade de vivenciar a realidade de um operador do Direito no Canadá. Trabalhando em um escritório com ênfase em Direito Criminal, pude adquirir experiência em uma área que até então não fazia parte do meu histórico profissional.
Apesar de valorizar a oportunidade de trabalhar no Canadá e a possibilidade de obter uma licença de advogado no exterior, a principal razão para deixar o TJRS foi estabelecer meu próprio escritório de advocacia.
Meu objetivo é oferecer serviços de qualidade, baseados na ampla experiência adquirida em cerca de 10 anos como servidor público, especialmente nos anos de atuação como Assessor de Desembargador.
Minha experiência em Direito Bancário me capacita a prestar consultoria qualificada em questões relacionadas ao endividamento perante Instituições Financeiras para produtores rurais, empresas e pessoas físicas, tanto pela via judicial quanto extrajudicial. Além disso, o conhecimento sólido em processo civil me permite expandir minha atuação para outras áreas do Direito, garantindo uma gestão processual com uma visão estratégica ampla.
O fato de estar morando no exterior não é um empecilho para prestar serviços jurídicos no Brasil. Com a implantação do Juízo 100% Digital, iniciativa instituída por meio da Resolução n. 345/2020 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), é possível, utilizando a tecnologia, ter acesso à Justiça sem precisar comparecer fisicamente. Todos os atos processuais são praticados exclusivamente de modo remoto, incluindo audiências e sessões de julgamento, que podem ocorrer por videoconferência.